quarta-feira, 16 de março de 2011

Fonoaudiologia X Aprendizado da escrita

LINGUAGEM ESCRITA

Aprender a ler e escrever pode ser um grande desafio para muitos e, durante esse processo, podem surgir dificuldades em graus variados. Um dos aspectos que deve ser chamado a atenção dos pais e educadores diz respeito à ortografia, isto é, esse domínio da escrita convencional das palavras. Para muitas crianças, por sua vez, pode ser difícil compreender como as palavras devem ser grafadas, fato que pode ser observado numa série de alterações ortográficas presentes em suas produções escritas.
Se por um lado pode-se observar que todas as crianças cometem “erros” durante a aprendizagem da escrita até dominarem o sistema ortográfico, por outro também observa-se que algumas crianças apresentam trajetórias de aprendizado diferente onde esses “erros” tornam-se mais frequentes e duradouros com uma maior diversidade e frequência, sendo necessária uma intervenção fonoaudiológica afim de que esse processo de aprendizado ocorra da maneira mais satisfatória possível. (Zorzi, 2004)*
Existem vários tipos de alterações de aprendizagem, existem indivíduos que apresentam dificuldades no aprendizado da escrita apenas, outros na leitura, há aqueles com dificuldades tanto na aprendizagem na escrita como na leitura e ainda crianças com dificuldades de aprendizado que são aquelas que além da dificuldade de aprender o português também apresentam dificuldades em raciocínio lógico, formulação e resolução de problemas.
Crianças com dificuldades de oralidade, lateralidade; por exemplo, dificuldades em saber a direita e esquerda, que troca na escrita as letras "p e b", "c e g", "m e n", "t e d", "f e v" entre outros, precisam de um suporte fonoaudiológico além do pedagógico para o efetivo aprendizado da escrita.
Essas pessoas apresentam uma dificuldade maior de aprender o português, que a escrita, ortografia propriamente dita tem regras e sistemas que são diferentes da nossa fala, por isso que na escola as crianças confunde que a casa seja escrita com “s” e não com “z” como é o seu som na nossa fala. O fonoaudiólogo então vem como um complemento da pedagogia, auxiliar nessas dificuldades que dentro da sala de aula não é suficiente para serem sanadas.

Se o seu filho apresenta alguma dessas dificuldades ou trocas na escrita procure um fonoaudiólogo e faça uma avaliação o mais breve possível.




* Texto retirado do capítulo 68 Desvios na Ortografia, escrito por Jaime Luiz Zorzi no livro Tratado de Fonoaudiologia 2004.

Fonoaudióloga responsável
Sandra Barbosa de Souza
Mestre em Fonoaudiologia pela USP/Bauru
Graduada em Fonoaudiologia pela USP/Bauru
Docente do curso de Fonoaudiologia da UNICERP Patrocínio-MG/ Supervisora do Estágio Fonoaudiologia Educacional

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